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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Uma visão sobre a arte

Salvador Dalí - A Tentação de Santo Antão (1946)
89 x 119 cm - Museus Reais de Belas Artes, Bruxelas

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Dalí pintou esta tela para um concurso, organizado pelo diretor de cinema, Albert Lewin, que precisava de um tema baseado na Tentação de Santo Antão para um filme. O artista não ganhou o concurso, sua obra apresentava um mundo novo e simbólico e a obra vencedora era tradicional.

Na obra Santo Antão impunha uma cruz para repelir os maus espíritos, expressos em forma de cavalo(representando a sensualidade agressiva) e elefantes que carregam elementos simbólicos, por exemplo uma mulher que surge de um cálice, representando a luxúria.
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A arte acompanha o homem desde que ele começou a se comunicar, através dos sons e dos gestos.
Os sinais encontrados nas cavernas, são à prova de que o homem não pode viver sem informar e ser informado, e um dos meios mais expressivos desta comunicação é a arte.
Seja através dos desenhos, utensílios, escritas, entre outros e tantos materiais, que no decorrer dos tempos foram sendo descobertos e desenvolvidos em prol da necessidade do homem de deixar sua marca, descrevendo suas conquistas e derrotas, para que as gerações futuras tivessem a oportunidade de conhecer seus antepassados.
Então é necessário amadurecer o pensamento, entender que toda e qualquer obra de arte carrega em seu interior a história de um tempo, de um sentimento ou até de uma vida.
Para desenvolver esta análise é necessário olhar não apenas superficialmente, mais tentar observar as cores, as linhas, as curvas, as pinceladas, as tramas, as intenções, etc. Além do que, o que se vê na obra também é reflexo do momento que o apreciador vive, portanto, apreciar é sentir, ir além do que os olhos podem alcançar, é viajar e encontrar naquele objeto um pedaço da sua história, fazendo com que você se conheça um pouco mais e também ao outro.

Fonte: Os Grandes Artistas, Nova Cultura

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Arte Naïf

Foto: Sueli Rocha

Lourdes de Deus - A primavera Chegou - OST
A palavra francesa "Naïf" pode ser traduzida como "ingênua" e se aplica a um tipo de arte apresentada por pessoas simples, sem formação acadêmica, ou que simplismente não seguem os padrões instituidos pelas artes plásticas. Também conhecida como Primitivismo e os seus autores podem ser chamados de primitivistas, impressionistas, cubistas, futuristas...
Nas obras são aplicados traços livres e simples em cores primárias, sem deixar de lado as particularidades de cada artista, normalmente abordam temas religiosos, políticos, ambientais, folclóricos entre outros, sempre utilizam uma pitada de irreverência que as vezes soa como denúncia.
A Itália, França, Ex-Ioguslávia, Haiti e Brasil possuem uma imensa relação de nomes consagrados e reconhecidos mundialmente, como Waldomiro de Deus, Djanira, Lourdes de Deus, Antonio Poteiro, Isabel de Jesus, Camilo Eduardo Tavares, Chico da Silva, sendo este, único artista naïf brasileiro a ser premiado numa bienal de Veneza.
No Rio de Janeiro, a exemplo da França, itália, Espanha e Argentina, existe um museu que cultiva a memória e garante o futuro da história deste gênero, trata-se do MIAN Museu Internacional de Arte Naïf, com 6000 obras nacionais e de mais 100 países.
Há os que acreditam que a arte naïf assemelha-se aos desenhos infantis, mas os desenhos infantis não passam de diversão, o pintor naïf traz em suas pinceladas muito mais que isso, apresenta sua visão crítica e seus sentimentos em relação ao mundo. Sem se preocupar com a estética perfeita e sim com a mensagem perfeita. O crítico de arte europeu Anatole Jackobe, diz que: "o naïf começa onde morre a infância".

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Pinacoteca apresenta "Tarsila Viajante"

Foto: Adriana Carrara

ABAPORU - 1928


A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta a exposição "Tarsila Viajante", e traz a público trabalhos inéditos da artista, ao todo são 106 desenhos, 36 telas, inclusive as mais famosas: Abaporu, Antropofalgia e a Negra.
A exposição apresenta as inspirações e as influências de Tarsila do Amaral durante suas viagens pelo mundo.
A abertura do evento ocorreu dia 19 de janeiro, formaram-se filas na porta do museu, crianças, jovens e adultos prestigiaram, a imprensa marcou presença, e o diretor do Museu, Marcelo Araújo, recepcionou os visitantes.
Em clima descontraído, muitas pessoas fotografaram ao lado das obras, como se soubessem, que raramente haverão outras oportunidades de ver em um mesmo espaço, tantas obras da artista. A maioria delas pertencem a acervos particulares ou a outros museus.
"Tarsila Viajante" está em cartaz até dia 16 de março na Pinacoteca do Estado, Praça da Luz,02 a entrada custa R$ 4,00, estudante paga meia e é gratuita aos sábados.